DIÁRIO E BIOGRAFIA
GÊNEROS COMO FORMA DE CONTAR HISTÓRIAS DE VIDAS
Palavras-chave:
Diário, Biografia, MemóriaResumo
Os gêneros textuais são responsáveis por transmitir informações, sejam elas verídicas ou ficcionais. Todo e qualquer texto tem um significado, um objetivo e, principalmente, um leitor. Para que esse leitor compreenda da melhor maneira possível as ideias presentes, os autores precisam transcrever seus pensamentos, descrevendo-os minuciosamente, mas, ainda assim, de maneira simples. Esse ato é ainda mais difícil quando se trata da história da vida de uma pessoa, como é o caso do diário e da biografia, que, apesar de compartilharem o mesmo objetivo, são completamente diferentes. O seguinte texto, elaborado sob a metodologia de pesquisa bibliográfica, propõe uma análise comparativa entre os gêneros textuais diário e biografia, ressaltando suas especificidades estruturais, finalidades e os desafios inerentes a cada um. Destaca-se o caráter íntimo e subjetivo do diário, frequentemente produzido de maneira espontânea e sem a pretensão de divulgação pública, em oposição à biografia, que se configura como uma narrativa sobre a trajetória de uma figura, geralmente de relevância histórica ou cultural, elaborada por terceiros. Embora distintos em sua forma, ambos os gêneros convergem no propósito de preservar memórias e experiências. A reflexão também contempla o papel pedagógico desses gêneros no contexto escolar, ilustrando suas particularidades por meio de obras emblemáticas, como os diários de Anne Frank e Carolina Maria de Jesus, e biografias de personalidades como Diego Rivera, também utilizando tanto o diário de Frida Kahlo, em sua versão transcrita por Sarah Lowe, bem como as biografias escritas por Herrera e Jamís sobre a artista. Ademais, a pesquisa foi fundamentada também em estudos de Le Goff (1990), Lejeune (2013), Izquierdo (2002), Yates (2007), entre outros estudiosos sobre o assunto. Também é utilizada como base para o contexto educacional a Base Nacional Comum Curricular de 2018.